quarta-feira, 12 de abril de 2006

Ao Fim de Tudo


Minhas lágrimas não caem mais,
Eu já me transformei
em pó
E os meu gritos não se escutam mais
Estão na direção do Sol
Meu futuro não me assusta ou faz
Correr pra desprender o nó
Que me amarra a garganta atraz
O vazio de viver só...

Se alguém encontrou um sentido para a vida, chorou
Por aumentar a perda que se tem ao fim de tudo transformando o silêncio que até então é mudo
Naquela canção,
que parece encontrar a razão
Mas que ao final se cala frente ao tempo que não para frente a nossa lucidez.
Composição: Duca Leindecker

quinta-feira, 6 de abril de 2006

Arame Farpado



Seria engraçado se não fosse triste
acesso negado, a gente não existe

Arame farpado, silêncio de chumbo
seria absurdo se não fosse lei

A serpente troca de pele
a gente não esquece
o avião reabastece sem deixar de voar

Não sofro mais, agora eu sei
o que nos faz sobreviver
não sofro mais, agora eu sei
o que nos fez sobreviver

Seria ruído se não fosse um sinal
só para iniciados, transe tribal

Seriam ruínas, mas a gente não esquece
o avião reabastece em pleno ar

Não sofro mais, agora eu sei
o que nos faz sobreviver
não sofro mais, agora eu sei
o que nos fez sobreviver

(Humberto Gessinger)